29 outubro 2007

That's why!



Para todas as mulheres que se encontrem deprimidas neste momento, com a eterna pergunta na cabeça: PORQUÊ?, aqui segue uma explicação:

Anna diz:
si ma tanto...noi siamo donne
Anna diz:
e continueremo a vedere meraviglie anche nelle merde...
Anna diz:
è una capacità tuttanostra!

(Transcrevo com autorização por parte da autora, claro!)

i.e. O problema é que nós somos mulheres temos capacidade de ver até coisas fantásticas na merda! É uma capacidade absolutamente e unicamente feminina! Só nossa.

26 outubro 2007

Waiting on the world to change



Por que todos os momentos da nossa vida devem ser acompanhados de uma banda sonora.

A nós meninas! :D

22 outubro 2007

Tributo a Deborah Kerr


Este fim-de-semana fui apanhada de surpresa com a noticia do falecimento de uma das últimas grandiosas actrizes dos anos dourados do cinema: Deborah Kerr. Fiquei triste não só porque ela foi a protagnonista, junto a Cary Grant, de um dos filmes da minha vida, An Affair to Remember, como também uma das estrelas que eu mais admirava. Bonita, discreta e excelente actriz, foi nomeada 6 vezes para o Óscar, não conseguindo arrecadar nenhum. Contudo, a Academia resolveu (e muito justamente) atribuir-lhe o Óscar Honorário em 1994, onde uma Deborah já fraca, fez a sua última aparição pública sendo ovacionada de pé por um público repleto de nomes importantes da indústria cinematográfica. Hoje, 13 anos depois, complicações da doença de Parkinson retiraram-lhe o último fôlego e tornaram, assim, o mundo mais pobre. Para a posteridade ficam os filmes que brilhantemente interpretou como Quo Vadis; The King and I; From Here to Eternity e, é claro, An Affair to Remember; e a certeza de que não nos deixará mais à espera no topo do Empire State. Que descanse em Paz.



P. S. Por coincidência hoje é o dia de aniversário da única actriz que ganhou um Óscar ao serviço de Alfred Hitchcock, Joan Fontaine, pelo filme Suspicion, cujo protagonista foi curiosamente Cary Grant. 90 anos! Parabéns!

15 outubro 2007

Domingo à tarde.

Os velhos. São uma raça que se reproduz ao segundo. Estão por toda a parte. Se lhes damos corda falam pelos cotovelos sobre as mil e uma maleitas das quais padecem. (Dizem eles...)

Não tenho nada contra, a sério! MAS, há uma uma sub-raça que me enerva sobremaneira.

A raça dos-que-pensam-que-podem-passar-à-frente-das-outras-pessoas-só-porque-são-velhos. Não, amigos, não podem. Estar em filas custa. Eu sei! Mas ter alguém a passar-nos à frente quando estamos há já meia hora numa fila ainda custa mais! Garanto-vos!

E se estivermos a falar da fila para ir ver o Diogo Infante então ainda pior! E o melhor, é que quando uma pessoa tenta educadamente chamar à atenção, ainda conseguem ter lata para se fazerem de parvos e de grunhir uns impropérios tentando fazer-nos passar por mesquinhas!

Isto tudo para chegar ao Hamlet. Segundo me constou a peça está esgotada até ao dia 21. Para quem não saiba, a peça está no Teatro Maria Matos.

Sinceramente, não fazia tenções de ir simplesmente por que não me pareceu ser um género de teatro que fosse gostar, mas, felizmente, enganei-me! E redondamente, devo acrescentar!

O texto, traduzido por Sophia de Mello Breyner (vénia, por favor!) já por si faz jus à figura de Shakespeare e ver Diogo Infante dar voz à figura de Hamlet... Ser ou não ser, eis a questão!

Acho que começo a compreender porque é que os velhos nos queriam ultrapassar na fila!

Bravo!

09 outubro 2007

Não quero ser uma Pequena Sereia!


Uma das viagens que mais me marcou, por diversas razões, foi a que fiz à Dinamarca. Quando os meus pais me disseram que nessas férias da páscoa iamos visitar a Escandinávia (Dinamarca e Suécia), não fiquei especialmente entusiasmada. Só de pensar que ia para o frio sem nenhum monumento histórico ou museu especial para ver, já não me apetecia entrar no avião. (O que regularmente acontece!...) E havia tantos outros sítios que eu queria ver! Enfim, tinham de ficar para uma próxima vez. Já que ia, decidi aproveitar ao máximo e, a minha maior curiosidade, era ver se os nórdicos seriam assim tão bonitos como se diz. Felizmente, tenho a dizer que são mesmo!

À medida que nos iamos instalando, a beleza de Copenhaga foi fazendo jus à decisão dos meus pais. Era realmente uma cidade lindíssima com inúmeras coisas para ver. Uma em especial que me chamou muito a atenção foi a estátua da Pequena Sereia do conto de Hans Christian Andersen. Não só porque A Pequena Sereia é um dos meus filmes preferidos, como também pelo facto daquela estátua ser a mais fotografa e vandalizada do mundo (Como é que alguém e capaz de vandalizar algo tão belo?). No caminho até ao porto da cidade, li um pouco sobre a verdadeira história da sereiazinha. Tal como no filme da Disney, ela salva um príncipe de morrer afogado, mas ao contrário do final feliz do conto de fadas, o jovem nunca chega a saber que a sereia o salvou e acaba por casar-se com outra princesa. A pequena sereia, triste e deprimida, decide sentar-se numa pedra situada no porto, à espera que do seu amado. Está lá até hoje.
Bonito, não acham? É apenas uma das versões do conto de Andersen, e a minha favorita. Apaixonei-me pela estátua assim que a vi. É pouco maior que uma pessoa, mas ao longe parece realmente uma mulher. A sua expressão é perfeita, pois conjuga doçura, tristeza e esperança. Quase chegamos a ter pena dela.

É muito lindo e comovente, mas não passa de uma história. Uma história que ainda hoje é vivida por muitas pessoas de carne e osso,... e pernas!

Só espero que não me aconteça a mim. Não quero esperar por alguém nem agora nem nunca. Acredito realmente que neste mundo existe uma (ou mais) almas gémeas para cada um de nós, só que o problema é que podemos não chegar a encontrá-las! Se isto me acontecer ficarei muito infeliz, mas recuso a fazer disso a minha vida. Não preciso de um homem para que a minha vida melhore, ela já é boa (ou faço tudo para que seja). Considero-me uma pessoa minimamente feliz. Faço tudo o que gosto, tenho amigos verdadeiros, tenho a companhia de pessoas maravilhosas e tenho a sorte de ter pais que me podem dar tudo.

Por isso, fica aqui o meu apelo a todas as pessoas que sofrem ou esperam por amor: NÃO SEJAM PEQUENAS SEREIAS! O amor é muito bom, mas não é tudo...

04 outubro 2007

Porque não consigo deixar de ser assim?


Controlo. Esta é a palavra que mais me enlouquece e aquela que mais oiço nas sessões de psicoterapia. É a única capaz de me deixar a tremer dos pés à cabeça, de me enlouquecer, pois é a única que eu sou incapaz de pôr, por vontade própria, no meu dicionário.

Há uns tempos, pensava que na minha vida só não conseguia controlar a comida. Ultimamente, tenho vindo a perceber que também não consigo controlar o resto das coisas. No outro dia, estava a organizar e a separar a maquilhagem que queria levar de férias, e reparei que tenho cinco batôns no mesmo tom de cor-de-rosa. Cinco! Todos de marcas diferentes, uns comprados em saldos, outros no principio do mês, quando a conta ainda é generosa e nos permite fazer loucuras, e os outros já nem me lembro como foram ali parar. Cinco... e nenhum vai a meio. Depois, comprovei o mesmo com a roupa. Imensas calças, casacos, camisolas, saias, vestidos, sapatos, camisas, t-shirts, tops, biquínis, pijamas, cintos, acessórios,... enfim, uma infinidade de coisas que qualquer rapariga comum gostaria de ter no seu armário. E algumas delas ainda com etiqueta! Que triste, direi.

Pois é, tenho mesmo de assumir que sou uma consumista nata (Saí à minha mãe...). Adoro ir às compras e gastar dinheiro. Como tenho a sorte de ter uns pais que me podem dar tudo, compro tudo aquilo que acho giro. Basta não ser muito caro e lá vai para dentro do saco de plástico! Ás vezes, mesmo que seja carote, vai na mesma! Ou seja, resumindo e concluindo, sou uma descontrolada nas compras! Tal como na comida.

Ainda bem que os humanos não têm a capacidade de visão raio-X. Seria hediondo ver o meu estômago a seguir a um dia como o de hoje. Aqui vai a minha confissão: almoço - sopa de legumes (tentei começar bem...), um croissant (dos grandes), um pãozinho pequeno, uma sandes de frango, um chocolate Bounty, um Magnum Java, um gelado Haggen Dasz (coookies and cream com toping de chocolate de leite e cobertura de amêndoas laminadas), e um brownie de chocolate. Jantar (buffet) - uma mistura de de várias saladas, uma mistura de várias carnes e, de sobremesa, duas misturas de vários doces (pasteis de nata, bolas de berlim, chocolates, etc...). Agora, imaginem como me sinto. Mais culpada, impossível. E, o pior, é que sei que não foi a última vez. Isto tem um nome: comedora compulsiva. Antigamente, eu chamava-lhe bulimia, mas já há uns meses que não vou a casa-de-banho depois das refeições. Graças a Deus. Acreditem, vontade não me falta. Mas, para bem da minha sanidade mental e do meu estômago, não vou fazê-lo. São estes impulsos que eu não consigo, de todo, controlar. É esta a batalha da minha vida. Esta doença que me assalta 24h por dia, que me leva a desejar não ter boca, não ter estômago, não ter de comer. É como uma droga que me aprisiona, que me pressiona, que me comanda. Cada vez que tenho de comer é como se me condenassem à morte. Como se aquele instante fosse o meu fim. Quantas vezes já não desisti de cafés, de saídas, de passeios, para assaltar o frigorífico e passar mais um dia a comer? Não, a comer não, a devorar tudo o que encontro pelo caminho. A triturar tudo o que me aparece à frente. Mesmo tudo, o que gosto e o que não gosto, o que engorda e o que é light, o que é meu e o que não é. TUDO. Só depois de ter o estômago mais saliente do que qualquer outra parte do meu corpo, é que consigo parar. Só depois de sentir a comida quase a tocar no esófago. Essa é a altura de ir a correr para a casa-de-banho e puxar para cima o que devia seguir para baixo. É horrível: Os olhos começam a despejar lágrimas a torto e a direito, a pele da cara fica vermelha até incendiar as orelhas, as pernas ficam cansadas, os dedos da mão direita, ou a extremidade do cabo da escova de dentes, testemunham tudo o que comemos, e o estômago, bem, o estômago implora para que o deixemos em paz. Eu deixava, depois de ele deitar tudo cá para fora. Literalmente. Passado um bom bocado de tempo (por vezes horas, pois tinha de ter a certeza de que não restava nada dentro de mim, o que era humanamente impossível), sentia-me a pior pessoa do mundo. Olhava-me ao espelho e via a degradação humana diante de mim. Odeio-me. Depois, as lágrimas de esforço transformavam-se em verdadeiras lágrimas de sofrimento, e a minha cara continuava vermelha como o tomate do meu vómito. Odeio-me... A isto se chama bulimia e, acima de tudo, estupidez.

Infelizmente, alguma dessa estupidez continua dentro de mim. Mas agora só numa primeira fase. Esta última, graças a Deus, já não existe (ou não tantas vezes...). Mas continuo a sofrer e a sentir-me um lixo.
O que eu comi não se come. Eu tenho problemas, e não posso resolvê-los desta maneira. Para o meu bem e para o bem do meu corpo. Por vezes, acho que por mais que tente nunca conseguirei ter o controlo que tanto desejo. Que nunca conseguirei comer (almoçar, jantar), viver e relacionar-me como uma pessoa normal, pois está tudo ligado. (Socorro!) E quem me recrimina, e acha que é falta de força de vontade das duas uma: ou é ignorante, ou não sabe a sorte que tem em conseguir viver uma vida normal, calma e feliz. Como aquela que eu anseio desde os 18 anos.

03 outubro 2007

Eu, Cristiano.


Hoje o meu horóscopo dizia:


"Poder-se-á admirar com as conclusões a que neste período chega quanto a situações que lhe pareceram estranhas e até incompreensíveis no passado."


e eu não percebi porquê! Eis quando chego a casa e oiço no telejornal:


Cristiano Ronaldo lança auto-biografia aos 22 anos.


Passo a explicar qual a relação. Há uns tempos que estou constantemente a proferir as frases "devo estar mesmo velha...!", "devo ser eu que sou antiga...!" aplicado a situações bastante concretas... e, devo relembrar, tenho 23 anos. Isto, obviamente, e retomando o horóscopo, há uns tempos atrás parecia-me deveras absurdo, mas agora apercebo-me que a velhice se está a espalhar pela camada jovem como uma epidemia!


Pensando melhor, procurei dissecar os motivos que poderão ter levado o nosso menino prodígio a lançar esta obra...


O dinheiro: não é de estranhar que ele se sinta velho! Quem é o jovem que aos 22 anos tem mais dinheiro na conta que um primeiro prémio do Euromilhões? (sim, eu sei que há bastantes MASSS) E quem é que pode andar de Porche, Lamborghini, Ferrari ou whatever sem ter roubado a chave ao avô ou ao pai e dizer que é mesmo seu?


A fama: já deve ter saído mais vezes nas revistas que Lizas Minnellis, Belmiros de Azevedo e muitos outros octogenários de renome por esse mundo fora!


Mulheres: já lhe atribuíram casos com mais mulheres num mês que comparado com um actor porno seria de meter inveja!


E para terminar, o meu motivo lógico: aquela cabeça e aquelas mãos já não devem dar para muito mais, por que não acredito que aquele "livrinho" tenha saído da sua cabecinha e das suas mãozinhas! ...Por que ele tem mais com o que se preocupar..., claro! Como por exemplo com a gravação do próximo CD da Ronalda...!

Para quando uma versão auto-biográfica cantada?!


A vida do Cristiano Ronaldo, tão diferente dos demais jogadores de futebol, deve ser tão rica em experiências e histórias do interesse social e humano que para além dos mil e um artigos que saiem nas revistas e jornais eu acho que ele devia era começar a editar livros de ano a ano! Ainda pode ser que entre para o Guiness e ultrapasse o número de biografias editadas da Princesa Diana!


No entanto, é bonito constatar que na 3ª idade ainda existe o sonho! Este idoso sonha ainda ser o MELHOR JOGADOR DO MUNDO! O livro bem que podia dar uma ajudinha... ainda este ano... não?


Senhores governantes, por favor, travai esta epidemia! Pedem-se medidas drásticas!


Já agora deixo aqui um repto: Eu também gostava de fazer uma curta metragem sobre a minha vida... Senhores produtores ajudem esta causa!