Os velhos. São uma raça que se reproduz ao segundo. Estão por toda a parte. Se lhes damos corda falam pelos cotovelos sobre as mil e uma maleitas das quais padecem. (Dizem eles...)
Não tenho nada contra, a sério! MAS, há uma uma sub-raça que me enerva sobremaneira.
A raça dos-que-pensam-que-podem-passar-à-frente-das-outras-pessoas-só-porque-são-velhos. Não, amigos, não podem. Estar em filas custa. Eu sei! Mas ter alguém a passar-nos à frente quando estamos há já meia hora numa fila ainda custa mais! Garanto-vos!
E se estivermos a falar da fila para ir ver o Diogo Infante então ainda pior! E o melhor, é que quando uma pessoa tenta educadamente chamar à atenção, ainda conseguem ter lata para se fazerem de parvos e de grunhir uns impropérios tentando fazer-nos passar por mesquinhas!
Isto tudo para chegar ao Hamlet. Segundo me constou a peça está esgotada até ao dia 21. Para quem não saiba, a peça está no Teatro Maria Matos.
Sinceramente, não fazia tenções de ir simplesmente por que não me pareceu ser um género de teatro que fosse gostar, mas, felizmente, enganei-me! E redondamente, devo acrescentar!
O texto, traduzido por Sophia de Mello Breyner (vénia, por favor!) já por si faz jus à figura de Shakespeare e ver Diogo Infante dar voz à figura de Hamlet... Ser ou não ser, eis a questão!
Acho que começo a compreender porque é que os velhos nos queriam ultrapassar na fila!
Bravo!
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