30 janeiro 2007

Back to basics, literalmente!

Não posso com tudo o que seja básico.
Num plano superficial há a roupa básica, pessoas que só vestem tudo o que seja básico, dizendo a bela da frase: "Eu não ligo às modas, tenho o meu próprio estilo", i.e.: "Só compro na secção básicos da Zara". São facilmente reconhecíveis pois o estilo não varia muito entre, calça de ganga corte démodé, ténis "confortáveis", camisola larga ou camisas e tudo monocromático e de preferência uma cor primária.
Depois, claro, há as ditas pessoas básicas. Neste plano, já nada superficial, direi mesmo profundo, que vem direitinho do âmago da falta de personalidade e carácter de uma pessoa encontram-se pessoas que não primam muito (ou nada) pela inteligência.
Dito desta forma parece um conceito fácil de explicar, este das pessoas básicas. Mas não é.
Dizer que uma pessoa básica é uma pessoa que não prima pela inteligência é estar a restringir um conceito amplo onde várias categorias de pessoas podem ser englobadas.
De facto, se procurarmos no dicionário a definição da palavra básico, o que encontramos levaria a pensar que ser uma pessoa básica é algo de positivo:

adj.,
que serve de base;
relativo às bases;
fig.,
fundamental;
essencial.

in http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx

Infelizmente não. Ser básico não significa ser nem fundamental, nem essencial. Direi que significa mesmo o oposto. Alguém que nem sequer sabe o essencial, o fundamental!
No entanto, julgando-se detentores de alguma sabedoria, serão os primeiros a apontar o dedo e a dizer: Isto é básico!...

19 janeiro 2007

131702004 :')


LEA e Tradução 02/06

Segue o teu destino

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis

Seremos nós donos e senhores do nosso destino?!

Olhando para trás sinto-me feliz por constatar que retenho apenas os bons momentos. As sessões de riso incontrolável no bar. O riso abafado nas aulas. A gozação sem limites. Os jantares de turma. A cumplicidade. A amizade. Ver o nosso valor reconhecido. O meu Erasmus...
Não voltaria atrás.

THE END

Babel




Babel.

Este filme merece um post. Fantástico. Boas interpretações e boa história, comovente, humana e realista. Óptimo realizador. Em quase três horas de filme viajamos pelos 4 cantos do Mundo a uma velocidade incrível. Percebemos como, no fim das contas, tudo tem uma ligação. Fantástica a cena da discoteca. Pudemos perceber, por breves instantes, como é vista uma discoteca pelos olhos de quem não ouve. Nunca tinha pensado nisso. Mais uma vez, aquelas pequenas coisas às quais não damos valor porque temos como adquiridas. Adorei os miúdos marroquinos e confesso que derramei uma lágrima. (Ok, também não sou a pessoa mais difícil de fazer chorar!)


Não fosse por todas estas razões, bastava uma para este filme valer a pena. Quais Brad Pitts cheios de rugas (se bem que mesmo com rugas está bem) quando podemos ter um Gael García Bernal fresquinho e com sotaque mexicano! Quem não achar que atire a primeira pedra!! ............... Pois, bem me parecia!

15 janeiro 2007

Amália (Os Meus Contos)

Quando Jacob foi viver para a sua nova casa, numa aldeia piscatória situada à beira-mar, já tinha ouvido muitas histórias acerca da aldeã mais antiga que lá vivia. Chamava-se Amália. Tinha ouvido dizer que ela era uma mulher discreta, simpática e a quem a vida tinha tratado como enteada. Ao vê-la pela primeira vez, Jacob achou-a bonita. Devia andar por volta dos 65 anos, o seu cabelo era grisalho, as rugas profundas, e as roupas sempre negras. Como qualquer pessoa que por ali passasse e a visse, Jacob pensou imediatamente que ela era apenas uma pobre viúva a quem a morte prematura do marido, lhe tinha roubado muitos anos de felicidade. A princípio, Jacob tentou não dar importância à estranha personagem, mas à medida que se ia integrando na sua nova comunidade, o desejo de saber mais sobre aquela misteriosa mulher ia crescendo. Começou a segui-la. Ia à mercearia, à igreja, e por vezes passeava sozinha junto ao mar. A sua existência resumia-se apenas àqueles lugares. Falava bem com toda a gente, mas era fácil perceber que não tinha amigos. Jacob pensou em apresentar-se, mas para dizer o quê? O mais certo era a indiferença da própria Amália...
Quando decidiu fazê-lo, teve uma boa surpresa. Amália tinha sido encantadora! Era muito simpática, divertida, boa conversadora e uma excelente anfitriã. Jacob via nela aquela mãe que todos desejávamos ter. Pensava que os outros é que não se davam ao trabalho de tentar conhecê-la melhor, pois se o fizessem estariam sempre na sua companhia. Quando arranjou namorada na aldeia, a primeira pessoa a saber tinha sido Amália, que aliás ficara muito satisfeita por saber que a escolha de Jacob tinha recaído sobre uma das jovens mais bonitas e interessantes daquele lugar. Davam-se lindamente.
Contudo, havia momentos em que Amália se isolava. Não falava, fechava-se no quarto, passando o dia às escuras deitada na cama e sem comer. No começo, Jacob pensou tratar-se de uma doença, mas no dia seguinte Amália era capaz de estar alegre e sorridente como se nada fosse, e dali a umas semanas estar novamente naquele estranho estado. Jacob comentou com a namorada a preocupação que sentia por aquelas atitudes de Amália. Esta disse-lhe para não se preocupar pois era normal aquilo acontecer. Toda a gente na aldeia sabia que lhe tinha acontecido algo trágico, mas que por respeito, raramente se tocava no assunto. E, como era quase um assunto tabu, os mais jovens também não se punham com grandes questões, até porque para serem francos, não lhes interessava muito. Era apenas uma velha triste. Disposto a descobrir o problema da sua amiga, Jacob infiltrou-se na casa de Amália, para ver se encontrava algo que o pudesse esclarecer. Ao vasculhar algumas gavetas, deparou-se com uma fotografia antiga. Nela podia ver-se uma jovem muito bonita, elegantemente vestida e com um sorriso querido e cativante. No seu colo, estava uma criança. Devia ter dois, três anos e apesar de estar com um ar enfadonho, provavelmente devido ao calor, pois pelas roupas dava para perceber que era Verão, tinha um olhar simpático. Embora a fotografia já estivesse enrugada e amarelecida, Jacob percebeu imediatamente que a bela rapariga era Amália. Uma Amália muito mais jovem e pela expressão, certamente muito mais feliz. Mas quem era o bebé? Seria seu filho? Se era, porque nunca o havia mencionado? Confuso, Jacob voltou a colocar a fotografia na gaveta e saiu.
À noite, fez uma visita a Amália. Viu que ela estava novamente na cama, às escuras e a chorar silenciosamente. Bateu à porta, dizendo o nome. Delicadamente, a mulher pediu-lhe para se ir embora, amanhã falariam. Jacob não obedeceu e abriu a porta que, para sua surpresa, não estava trancada.
O quarto estava muito quente e a pouca luz que entrava vinha das frechas da janela. Jacob sentou-se à beira da cama e começou a falar. Depois de algum esforço e de muitas perguntas, conseguiu fazer com que Amália lhe contasse o porquê daquela tristeza ocasional. No início, as palavras custavam-lhe a sair, mas depois percebeu que o à vontade com Jacob já era suficiente e justificado para que lhe contasse a sua história de vida. Acendeu uma vela, começou a chorar, e devagarinho, o que se escondia há já tanto tempo foi-se libertando da sua alma, como uma brisa fria e serena, pronta a tocar-nos na cara.
Aos 16 anos, Amália tinha casado com um almirante da marinha. Um casamento arranjado pelo seu pai, que surpreendentemente a agradou muitíssimo. Aos 17, era mãe de um rapaz. O marido andava sempre a viajar de continente em continente por causa do trabalho, e Amália ficava em casa com o pequeno a quem tinha dado o nome de Moisés (salvo das águas). Um dia, estava em casa de sua mãe, quando recebeu a notícia de que um navio tinha naufragado junto à costa. Tudo indicava que era o navio do seu marido. Infelizmente, não se tinham enganado. Amália era agora uma jovem mãe viúva, para quem a vida tinha sido madrasta. Passou assim 5 anos. O seu dia-a-dia resumia-se a ir a casa dos pais ou dos sogros, e deixar que as criadas ficasem a tomar conta de Moisés enquanto ela tomava chá com a nata da sociedade. Não satisfeita com aquele tipo de vida, decidiu partir. Fora assim que chegara àquela aldeia. Era um lugar lindo, colorido e alegre, onde podia educar o seu bebé longe de uma sociedade onde o papel mais bonito para uma mulher, o ser mãe, é dado gratuitamente às criadas e amas de leite. Ora, Amália não queria aquilo nem para si, nem para o seu bem mais precioso. Agora, adorava a sua vida! As tarefas domésticas e Moisés, que se tornara uma criança curiosa e reguila, ocupavam o seu dia-a-dia. Subsistiam graças ao que o almirante lhes tinha deixado. Uma pequena fortuna que daria para viver dignamente durante muitos e muitos anos.
Certa manhã, Amália tinha ido estender a roupa ao quintal, enquanto Moisés ficara a brincar junto à porta principal da casa. Quando acabou, chamou-o, mas não obteve resposta. Procurou-o por toda a parte, mas não o conseguia encontrar. Já a entrar num misto de desespero e confusão, foi à aldeia ver se alguém o tinha visto. Não. Ninguém tinha visto Moisés. Não havia rasto do pequeno. O seu filho tinha desaparecido. Com o apoio das autoridades e de alguns vizinhos, passou toda a noite em busca do menino. Em vão. Ele não aparecia, e ninguém o tinha visto. Tinha desaparecido como se nunca tivesse existido. Dias e dias se passaram e nada do Moisés. Amália estava desesperada, não comia, não dormia, não descansava. Só chorava. Enquanto todos já tinham percebido que não havia mais nada a fazer, ela continuava a acreditar que era possível encontrar o seu filho. Passados dois anos, e já exausta de travar uma batalha quase esquecida, resolveu abandonar-se e ir viver sozinha, uma vida afastada e triste. Tudo lhe fazia lembrar Moisés. Tudo. Pensou muitas vezes em fugir dali, ir para outro lugar, mas a verdade é que o seu filho poderia aparecer a qualquer momento, e ela queria lá estar para o receber. Se estivesse vivo, Moisés teria naquele momento 33 anos. A idade de Cristo. Não havia um único dia em que Amália não pensasse nele, em que não pensasse que era possível voltar a vê-lo, voltar a abraçá-lo, voltar a beijá-lo. Era essa esperança que lhe dava forças para continuar. Embora de vez em quando, tivesse as suas recaídas.
Jacob compreendia agora o porquê daquelas atitudes, e aceitava-as perfeitamente. Era o desespero, a frustração e o desgosto de uma mãe que falavam, que a faziam agir assim. Uma mãe que perdera o filho tão dramáticamente como aquela. Que não sabia se ele estava vivo ou morto. Que não sabia nada. Muitas vezes, no seu desespero, Amália dissera que perferia que o seu filho lhe tivesse morrido, ao menos saberia dele. Jacob percebia-a como nunca, e achava que não podia acontecer nada de pior a uma mãe do que ter um filho desaparecido. Uma crueldade. Amália já tinha imaginado tudo; que alguém o tinha morto; que o tinham raptado para tráfego humano; que o tinham raptado para lhe dar uma vida melhor; que era casado e tinha filhos; que era professor; médico; que tinha enveredado por uma vida de crime... sabe-se lá mais o quê... Será que se lembrava dela? Ela não o conseguia esquecer. E uma coisa era certa: a esperança de o encontrar nunca se tinha desvanecido. Continuava e continuaria sempre até que vivesse. Isso era indiscutível.
Depois das mágoas contadas e de tudo esclarecido, depois de muitos silêncios, e lágrimas derramadas, Jacob convenceu Amália a ir dar um passeio à beira-mar. De certeza que o sol, o mar e o riso das crianças a brincar na água a animariam. Com algum mal estar, ela levantou-se.
Quando regressavam a casa, Amália deparou-se com uma nova família que se estava a instalar numa casa desabitada. Perguntou a Jacob quem eram aquelas pessoas, ao que ele respondeu ser uma família vinda da capital que tinha decidido instalar-se ali para que os filhos pudessem crescer em segurança e com mais à vontade. Filosofias de vida!, dizia Jacob. Amália torcia o nariz, não gostava muito que gente de fora viesse destabilizar a paz e harmonia da sua aldeia, esquecendo-se de que ela própria já o tinha feito, na sua época. De repente, parou a olhar fixamente para um ponto à sua frente. Jacob, estranhou. Olhou para Amália. Os seus olhos pequenos estavam maiores e mais expressivos que nunca. Brilhavam intensamente e não por causa das lágrimas, mas por um sentimento de espanto. Estava branca. Parecia uma mistura entre estátua de cera e desenho animado. Para tentar perceber melhor, Jacob levantou os olhos. Olhou para cada um dos membros da nova família. De repente, ao olhar para o pai, o seu coração parou, pois reconheceu o rapazinho enfadonho, mas com olhar simpático da fotografia.

Viva!




Viva os passeios de sábado à tarde!
Viva os shoppings e os cinemas com aqueles de quem gostamos!
Viva a "arte" do Cutileiro!
Viva as jantaradas de amigos!
Viva os fins-de-semana divertidos!
Viva os domingos com os lanches na "Badela"!
Viva nós por sermos quem somos!
Viva o Sudoeste '05!
Viva o Zé Estacas, o Tiago Kridinho, o Nini e o Dani!
Viva o Acer, o Diogo e o Alex!
Viva o Rafa e a Eliana!
Viva eu, a Rita, a Nádia, a Teresa e a Guida!
Viva todos!
Viva as gargalhadas!
Viva os disparates quando esses nos fazem rir!
Viva a Belita e o Bar do Bairro!
Viva a Figueira em Flôr!
Viva o Bairro da Fraternidade e do Estacal!
Viva São João da Talha!
Viva Sintra!
Viva os travesseiros da Piriquita depois de um dia de praia!
Viva Santa Cruz e a Costa!
Viva o Lux!
Viva a boa disposição!
Viva a Rachmaninoff!
Viva a amizade!
E viva as fotos para eternizar estes momentos!

Viva, viva, viva! =D

Ainda na idade dos porquês


Por que é que alguns homens começam a ter pêlos a sair-lhes das orelhas e do nariz com a idade?

11 janeiro 2007

Português Básico em 5 minutos

A gente tava distraídas!

Definitivamente tinha que iniciar hoje a minha primeira aula de Português BÁSICO online. Logo hoje que já tinha planos para filosofar sobre a greve do metro, eis que uma pobre alma, logo por azar (ou sorte, direi!) pronunciou esta bela frase wannabe, would like to be portuguesa. Há pequenas coisas e pequenas situações que mexem particularmente com cada um de nós. Ouvir ou ler uma pessoa a dar erros deste género é uma delas para mim! E por que já não dá mais para aguentar este tipo de erros e por que sei que, infelizmente, as pessoas continuarão a fazê-lo...ao menos espero conseguir esclarecer algumas mentes mais confusas.
Chamem-me de pretensiosa, mas mais que um dever, considerei um chamamento divino. E aqui estou eu!
Então vamos retomar a frase: A gente tava distraídas.
Ponto 1: Concordância entre a conjugação do verbo e o plural do adjectivo. AH, BY THE WAY, considera-se verbo conjugado: "tava" -> estava -> estar; e plural do adjectivo: "distraídas"
Que mais não fosse, mesmo que a pessoa não conseguisse dizer esta simples frase sem dar um pontapé tão grande no português, pelo menos que reparasse na falta de concordância...!
Ponto 2: A concordância entre "a gente" e o "tava" está bem conseguida, é verdade. MAS como eu já ouvi várias vezes e várias pessoas a dizer "A gente tavamos...", acho que é importante salientar este aspecto!
"A gente" TEM, repito, TEM, de ser sempre seguido de um verbo na 3ª pessoa do singular, i.e., estava, foi, viu, fez, e por aí adiante...
Ponto 3: Por que não usar o nosso belo pronome pessoal NÓS? Não só é mais bonito, como é mais fácil de ser usado! "Nós (es)tavamos distraídas!"
Penso que não passará pela cabeça de ninguém, PORTUGA DA SILVA, dizer: "Nós tava distraídas!"... bom, se calhar passa! Mas isso levaria a outro post que implicaria a discussão sobre diferenças socioculturais, se é que me faço entender...!

Nota: Não quero com tudo isto dizer que eu própria não use a expressão "A gente"! Uso, é verdade! Mas ao menos sei inseri-la numa frase sem dar erros.

Obviamente muita gente pode alegar (nem é tarde nem é cedo! ai está ela!) que só se enganou por que a gente tava distraídas...

09 janeiro 2007

Been there, done that and got the t-shirt.

Saudações amistosas!

Pois é, esta é a primeira vez que escrevo num blog e para variar escolho um nick estupidamente... estúpido. Mas pronto, se há uma coisa positiva em enganarmo-nos nos nicks é que podemos como quem não quer a coisa dizer coisas muitíssimo ordinárias sob o disfarce de um nick cheio de pinta, assaz misterioso... ou não.

Pois é, acho que chegou a altura de relatar a minha primeira fantasia erótica... HUGE NOT. (E só de pensar que há personagens que têm sucesso na blogosfera a confessarem os seus segredos de alcova.)

Agora a sério.

Chamo-me Teresa e sou amiga das minhas queridas compinchas que contribuem para este blog e também para os melhores momentos da minha vida. Não sei se sou uma Alpha-Girl porque sinceramente acho que ainda não amadureci o suficiente para ser ambiciosa a esse ponto - isto poderá causar polémica para muitos, mas como já disse o outro "transparência acima de tudo!" Mas enfim, o meu sonho agora era mesmo arranjar um raio de um estágio, ou melhor até um emprego o que infelizmente está a ser uma tarefa sem grande sucesso. But hey... never lose hope right?

Ok, confesso que agora estou um bocado neurótica visto que mesmo há bocado vi o programa Prós e Contras sobre o futuro da juventude e digamos que se já sou uma pessoa um bocado negativa em relação ao MEU futuro então depois de ter visto aquele programa... Ui.

Como já devem ter percebido o meu género de posts não vai ser nada assim de inovador ou minimamente interessante... Também o de hoje está uma verdadeira bosta porque tenho andado a arrastar uma maldita gripe desde a semana passada. O que vale é que amanhã em princípio vou passar um dia revigorante em Cascais na companhia do meu querido namorado. *Wink*

Peace and love to y'all!

<3

08 janeiro 2007

O cúmulo da má disposição

Acordar às 4h da manhã agoniada. Acordar às 7h ainda agoniada. Permanecer 2h agoniada. "Deitar tudo cá pra fora". Apanhar comboio da linha de Sintra. Avaria no Metro. Metro sobrelotado. Caminhada até ao trabalho. Olhar pró "pilão" do Cutileiro e continuar a perguntar-me como é que é possível alguém considerar aquilo uma obra de arte. Suar que nem uma porca. Agoniada o resto do dia. 2 torradas, 1 chá e 1 maçã. Gozar com uma rapariga qualquer por que em vez de ter o nome do namorado no telemóvel tinha "amorzinho". Saber que amanhã vai haver MAIS UMA greve do metro. Adormecer no comboio e rezar para não estar de boca aberta. Sal a mais na sopa.
E, no entanto, constatar que há coisas piores do que estar assim: http://video.google.com/videoplay?docid=5792025856611090188

Moral da história: Mais vale ESTAR triste um dia inteiro do que SER triste a vida inteira.

(vá comecem lá a 'cascar' seus moralistas! :D)

AH, e sabem que mais? Vou ouvir o BRONQUE SPRONGUESTINE!

07 janeiro 2007

Crises de Consciências


Acho que depois das palavras sábias das minhas companheiras alpha não é necessário explicar as razões da minha aderência a este conceito e a este blog. Definitivamente, sou uma alpha-girl. E como alpha-girl que sou, preocupo-me com a actualidade e com a sociedade em que estou inserida. É por isso que neste primeiro post pretendo dar a minha opinião sobre um assunto gasto, frágil, complexo e aborrecido: o aborto. Muitos de vocês pensarão porque motivo é que vou falar de um tema ao qual não consegui atribuir nenhum adjectivo positivo... A resposta é simples: porque preciso e porque me apetece. Afinal, sou alpha! E uma alpha fala do que gosta e não gosta, do que sente e não sente, do que teme e não teme. E eu não gosto, sinto e não temo este assunto. Logo, falo sobre ele.


Muitas pessoas, especialmente as que me são mais próximas, conhecem a minha posição em relação ao aborto; sou contra, e o objectivo deste post é deixar bem claro porquê.

A lei actualmente em vigor declara que o aborto pode ser efectuado em hospitais públicos e clínicas privadas em 3 ocasiões: Violação, Deficiência ou má formação do feto e Gravidez de risco tanto para mãe como para o feto. Pessoalmente, concordo com as três, se bem que fico sempre com algumas dúvidas em relação à segunda. Mas, creio que a lei está bem como está, e não faz qualquer sentido mudá-la.

Isto dirão os adeptos do "não". Mas eles vão mais longe e afirmam algo que eu penso que não tem muito que ver com esta questão, a célebre afirmação: "Sou pela Vida." Claro que se são pelo "não", são pela vida; o que se calhar gostaríamos era que nos dessem outros argumentos mais válidos, e quiçá inteligentes, para defender a sua teoria. O argumento em que me baseio não é o de se ser pela vida, porque ser pela vida somos todos, tanto os que defendem o "não", como os que defendem o "sim". A razão que me vai levar a pôr a cruz no quadradinho do "não" é a seguinte: sendo eu um ser pensante, independente e livre, que respeita os demais e que obviamente exige que o mesmo respeito lhe seja retribuído, não posso fazer prevalecer a minha vontade sobre ninguém, e isto inclúi uma futura pessoa. Quem sou eu para dizer se aquele ser vive ou não? Quem sou eu para decidir se aquela vida acaba ali ou continua? Não sou absolutamente ninguém. Eu seria totalmente incapaz de decidir algo tão importante assim. Não é ser-se pela vida, é o não se ter poder suficiente para dizer se aquele ser que vive em mim, mas que me é autónomo, porque se trata de uma futura pessoa externa a mim, com ideias e vontades próprias, vive ou morre. Se fosse eu a decidir sobre a minha própria vida, era diferente, pois tratava-se da minha vontade, agora sobre a vida de outro é algo que não posso ser eu a decidir. É por isso que do meu ponto de vista, o argumento utilizado pelo "sim" que diz: "Quem manda no meu corpo sou eu." é egoísta, comodista e arrogante. Sim, as mulheres mandam de facto nos seus corpos, podem escolher se querem ser gordas ou magras, depiladas ou com pêlos, morenas ou loiras; mas daí a escolher se uma vida que foi resultado de uma relação a dois nasce ou morre, vai uma diferença astronómica.

Isto leva-me a um segundo ponto que eu nunca ouvi ser discutido em relação ao aborto: a posição do elemento masculino. Quer seja marido ou não, o homem também tem algo a dizer sobre o assunto. Quando a mulher quer ter o filho e o homem não, a criança nasce. Mas, e quando acontece o oposto? Se o homem quiser que o filho nasça e a mulher não? Como fica? A sua opinião não conta? Não vale nada? Ora aí está algo que eu gostaria de ver mais esclarecido. Até porque fazemos do aborto um assunto de mulheres, quando na verdade se trata de um assunto social. Tão social que já levou a que muitos médicos e enfermeiros fossem parar à prisão por tê-lo praticado ilegalmente. Ora, quanto a este ponto não tenho grandes comentários a fazer. Existe uma lei, ela foi violada conscientemente, logo as suas consequências devem ser aplicadas. Num país democrático, penso que é desta maneira que se deve proceder.

Em relação ao mais trágico da questão, que é quando uma adolescente ou uma mulher sem recursos fica grávida, tenho a certeza absoluta de que o aborto deve parecer muito apetecível. Do meu ponto de vista, em qualquer um destes casos, a mulher deverá recorrer às inúmeras instituições especializadas como a Ajuda de Mãe ou Ajuda de Berço, (só para mencionar algumas) que tem a seu dispor, onde lhe prestam ajuda financeira, educativa e psicológica, e onde lhe ensinam que ter um bebé numa idade tenra ou com poucos recursos não é o fim do mundo. Porque sejamos francos: a maioria destas mulheres engravida por inconsciência. É incrível, mas em pleno século XXI, os jovens não são ensinados a usar o preservativo ou a usar métodos contraceptivos. De quem é a responsabilidade? Na minha opinião, dos pais e do Estado. Muitos pais acham o sexo um assunto tabu, e preferem que os seus filhos aprendam tudo mal e porcamente na rua. Para mim, isto não é ser-se um bom pai. O problema, é quando os próprios pais também não estão conscientes sobre o assunto. Neste caso, deve ser o Estado a intervir, o que raramente acontece. As poucas acções de formação sobre educação sexual que existem nas escolas, são dadas por instituições como as acima referidas e quase nunca conseguem atingir os seus objectivos. Ou porque os alunos faltam às aulas e obviamente não assistem, ou porque gozam e desvalorizam o que o formador lhes está a ensinar por acharem que já sabem ou por serem imaturos. Por isso, na grande maioria dos casos, a informação não chega. Por outro lado, existem pessoas que até sabem o que é um preservativo e para que serve, mas que por questões culturais não o utilizam. É o que acontece nas comunidades africanas, por exemplo. Estas vêem o preservativo como algo que tira a masculinidade aos homens, o prazer, e que homem que é homem não usa. Uma irresponsabilidade nos tempos que correm.

Irresponsáveis são também aquelas pessoas que não usam o preservativo porque o elemento feminino toma a pilula, mas que frequentemente se esquece de a tomar; as pessoas que têm relações, sem precauções, e de uma só noite, achando que não é por uma vez que podem engravidar; ou as pessoas que têm dinheiro e que engravidam porque sempre podem pagar às clínicas espanholas mesmo aqui ao lado.

Ora, eu pergunto: será que a solução para todas estas questões é acabar com a vida de alguém? Sim, porque apesar de ainda não termos dados científicos concretos, que nos possam afirmar com rigor quando de facto é que um feto passa a ser considerado vida, todos sabemos que no fim de 9 meses nasce um bebé... Na minha opinião não, o aborto não é solução para nenhum, e repito, nenhum destes casos. Não podemos deixar que algo tão bárbaro passe a ser considerado pelas massas como um método contraceptivo, porque não sejamos ingénuos: uma vez que a nova lei for aprovada (e não tenho qualquer dúvida de que infelizmente será), o aborto vai tornar-se banal ao ponto de ser realmente considerado um método contraceptivo. E isto seria desistir das pessoas, desistir de planeamentos familiares, desistir da educação sexual das crianças e dos jovens, que é exactamente o que a sociedade precisa. Quanto às melhorias das condições das clínicas abortivas, é atirar areia para os olhos. Quando a lei for aprovada, as pessoas desfavorecidas têm direito a fazer abortos de graça nos hospitais públicos, o que me leva mais uma vez ao argumento de que esta camada social (que é a que se calhar precisa de mais educação sobre a matéria), irá ver esta solução como um método contraceptivo; enquanto as pessoas com mais posses terão de pagar mais de mil euros por um aborto. Ora, ninguém me convence que uma jovem da classe média que queira fazer um aborto sem que os pais saibam, não irá recorrer a uma clínica ilegal. Não tem condições, mas fica muito mais em conta. Enfim...

Estas são as principais razões que me levarão a votar "não" em Fevereiro. Enquanto os pais não educarem os filhos; enquanto o Estado não promover acções de formação aos pais para que estes eduquem os seus filhos num ambiente mais familiar, privado e sem tabus; enquanto quiserem que futuras vidas paguem pela irreponsabilidade e ignorância daqueles que as fazem quando verdadeiramente não as querem; e enquanto acharem que nas clínicas legais as mulheres terão um tratamento mais digno e saudável a ponto de não o poderem pagar, contarão sempre com a minha desaprovação.

05 janeiro 2007

Geração Alpha

O conceito de Geração Alpha não podia estar melhor sintetizado do que nas palavras de Madalena Fragoso. Depois de ler estes parágrafos posso afirmar sem dúvida alguma "sou alpha". Sou alpha porque quero estar casada só enquanto amar e não porque dependo financeiramente de alguém, sou alpha porque não penso ter filhos antes dos 30, sou alpha porque acredito que as mulheres em cargos de chefia poderá ser uma realidade presente, sou alpha porque apesar de afirmar tudo isto não sou de todo uma feminista, sou alpha porque reconheço que as mulheres têm as suas fraquezas.
Não somos melhores nem piores. Somos alpha. Com todas as vantagens e desvantagens que isso nos poderá trazer.

Explicado agora que fica o conceito "Alpha" e o porquê de termos dado o nome ao blog de Alpha Girls, vamos lá pôr mãos à obra e iniciar este percursozinho de escrituras a que nos propusemos.
Ora por aqui vai-se falar de tudo e de nada, do que nos apetecer, das nossas observações e preocupações. E como alpha aponta na raiz do termo para "transparência" é isso que vamos tentar ser, transparentes, honestas, sinceras em tudo aquilo que para aqui formos pondo. De resto, e porque já devem estar a pensar "que seca!", obviamente que o nosso sentido crítico será testado, eufemismo para "não vamos perdoar ninguém!". É verdade, portanto preparem-se porque em alguns casos vamos ser muito mazinhas!
E é isto.
Apresentado que fica o blog, meninas: Mãos a obra!!!

O quê?!




"As Alpha Girls querem agarrar o mundo! (...) são ambiciosas, individualistas e viciadas no trabalho. Querem chegar ao topo da carreira, ganhar dinheiro e ter sucesso. (...) São mais optimistas e dinâmicas e dotadas de grande auto-estima. Mais confiantes em si próprias que os rapazes, não temem a competição com eles. (...) Mas também sabem ser dóceis e sedutoras, se o quiserem. O casamento não é para elas uma prioridade. Não querem vir a pertencer ao grupo das supermulheres que repartem o seu tempo entre a carreira profissional, a casa e a família. A geração Alpha coloca em primeiro lugar a carreira profissional e deseja obter pelos seus próprios meios uma considerável independência económica. Essas raparigas querem ser suficientemente ricas para gozar a vida, e mais tarde, não dependerem economicamente dos maridos, caso o casamento não corra bem. Quanto aos filhos, esses não virão antes dos 40 anos. As alphas girls sabem que têm potencial e querem ascender a lugares de topo. Não se consideram feministas, longe disso! (...)
A mulher portuguesa também adia a maternidade, mas, apesar de investir na carreira profissional, aceita repartir-se pelas tarefas da profissão, da casa e da família.(...)"


Excerto retirado de uma crónica de Madalena Fragoso


Alpha Girls, as mulheres do século XXI. Um livro. Minto, mais do que um livro uma teoria, uma ideia, um conceito bem estruturado com o qual nos identificamos.

03 janeiro 2007

Testing

1, 2, 3 experiência