30 janeiro 2007

Back to basics, literalmente!

Não posso com tudo o que seja básico.
Num plano superficial há a roupa básica, pessoas que só vestem tudo o que seja básico, dizendo a bela da frase: "Eu não ligo às modas, tenho o meu próprio estilo", i.e.: "Só compro na secção básicos da Zara". São facilmente reconhecíveis pois o estilo não varia muito entre, calça de ganga corte démodé, ténis "confortáveis", camisola larga ou camisas e tudo monocromático e de preferência uma cor primária.
Depois, claro, há as ditas pessoas básicas. Neste plano, já nada superficial, direi mesmo profundo, que vem direitinho do âmago da falta de personalidade e carácter de uma pessoa encontram-se pessoas que não primam muito (ou nada) pela inteligência.
Dito desta forma parece um conceito fácil de explicar, este das pessoas básicas. Mas não é.
Dizer que uma pessoa básica é uma pessoa que não prima pela inteligência é estar a restringir um conceito amplo onde várias categorias de pessoas podem ser englobadas.
De facto, se procurarmos no dicionário a definição da palavra básico, o que encontramos levaria a pensar que ser uma pessoa básica é algo de positivo:

adj.,
que serve de base;
relativo às bases;
fig.,
fundamental;
essencial.

in http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx

Infelizmente não. Ser básico não significa ser nem fundamental, nem essencial. Direi que significa mesmo o oposto. Alguém que nem sequer sabe o essencial, o fundamental!
No entanto, julgando-se detentores de alguma sabedoria, serão os primeiros a apontar o dedo e a dizer: Isto é básico!...

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