05 junho 2007

Tell me that you'll open your eyes

Por que não escrever sobre sentimentos?
Sobre aquelas sensações que não podem ser materializadas mas que todos nós já sentimos ao menos uma vez na vida e que nos são tão familiares quando descritas por alguém.
Mas não sobre aqueles sentimentos banais (salve seja...): amor, ódio, tristeza, alegria... Não. Escrever antes sobre aqueles sentimentos subjacentes aos supracitados. Sentimentos que funcionam com um meio para chegar a um fim, que só existem devido a outro e que depois de atingida a meta tão rápida e facilmente são postos de parte. Não que sejam fáceis, porque não o são. Antes pelo contrário. Mas porque cumpriram a sua função e terão de ser poupados para outra oportunidade.
Em conversas com amigas chegamos à conclusão que o pior sentimento será a angústia que vive sempre aliada à ansiedade (não fossem as duas sinónimos...!). Como uma vez escreveu a Teresa, a angústia é uma puta, uma senhora puta acrescento eu! Aliada à angústia anda a incerteza, a impaciência e o conhecido sentimento de powerlessness (impotência - em inglês é mais fino... ahahah) que nos corroi a alma e que não conseguimos controlar.
Se têm uma função? Sim, têm. Supostamente ensinam-nos a ser mais fortes, a lidar com a rejeição, a ser mais pacientes e a lutar pelo que queremos realmente.
O problema é que eles acabam sempre por voltar ...


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